sábado, 17 de janeiro de 2009

...

No fundo eu quero

é me manter real

No olhar emerso

entre uns e outros


até o mais próximo fim


vou esboçando meu desterro

Na garganta inflamada

por essas ruas e demais direções

janelas se abrem ao espio

que se constata


alterar-se ainda é loucura.


Cada hora vejo mais calma

entrincheirando-se à beira do abismo

Mas não iremos passar

Não iremos passar mais além

Por hora

não viemos passar


[e o delírio se preenche

em toda casa

na casa inteira

na coisa toda


em cada gesto

cabível definitivo


Deparo-me:

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