sábado, 17 de janeiro de 2009

...

Por certas negações

devo me passar deviés

Como quem teme do corpo

seu próprio mesmo contorno

Que ainda encontro

ao gastar-me nessas horas turva

na recusa a fora-de-si render-se

– Peço antes mais, bem mais silêncio!


Que silêncio haveria, eu penso?

se enquanto penso, logo insisto

E me assisto no sentido falho

Por onde vago, por certas negações.


Por certas negações

devo me flagrar desfeita

Como quem leve do gosto

dissipado qualquer contorno

Que encontraria ainda

se me coubesse chegar em casa,


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