seus olhos são escuros
como respostas aguardando
mergulhadas no fundo
onde meus olhos procuram
suas mãos no instante
em que me deflagro:
avanço ao território
do seu alcance futuro
desperto outro chão
que te sustentará, me consumindo
e te consumirá, me sustentando
mas em nossa casa não quero um jardim. Quero terra úmida, sob sombras e frutas frescas. Terra de mato e raízes, que pisaremos descalços, entre plantas e pássaros e gente mais miúda, sorrindo proliferando-se, e sentindo a respiração o bastante.
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